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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Caimento

Onde, exatamente, fica o topo do mundo? Me diga que eu juro que vou.
Vou encontrar uma estrela, um barco, um chão.
Me diga onde é o topo que procuro dentro de mim uma maneira de chegar.
Nesse oceano de sentimentos, nessa imensidão de pensamentos.
Onde fica a borda? Quero tocar nas estrelas, sentir o suave frescor de nuvens de algodão.
Não sei como é esse mundo, lá fora venta e as janelas chiam. É como se eu andasse entre árvores gigantes, num chão de terra batida cheio de sonhos mortos. Numa bacia à mesa, lágrimas que não chorei, são lágrimas de quê? Lágrimas de quem?
Por quem eu choro? Pelo o quê?
O mundo pode ser uma caixa de papelão vazia, embocada contra o chão, escura.
Como se gritos ecoassem pela cidade isolada.
Se fecho os olhos quase posso perceber a tristeza.
Ela sempre esteve aqui?
Onde fica o topo do mundo? Quero ir ao pico, pois temo procurar o fundo. E se eu cair? E se eu cair? Será que vou ter forças para voltar? Onde fica o topo do mundo? Me diga, me diga que eu vou buscar ganas para ir até lá.

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