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terça-feira, 23 de junho de 2015

Quem é o meu Deus?

Ele tem vários nomes. Ele é espírito. O alfa e o ômega. O único. Onipresente,  onisciente. O princípio e o fim.

No mais,  ele é Deus. Gosto da descrição que diz que Deus não precisa de mim. Pelo contrário, eu preciso dEle. Você precisa dEle.

O meu Deus é bondoso,  misericordioso,  maravilhoso, Grande, benigno,  soberano.  Ele é Pai,  mãe, irmão mais velho.

Por que Ele nos criou? Bem, porque Ele criou todas as coisas e viu que era bom. Criou em sete dias. SETE Dias do tempo dEle, não desse nosso que conta a partir de um relógio e de um ciclo de 365 dias. Mas depois de criar tudo aquilo,  Ele não tinha quem usufruísse, quem compartilhasse de Sua grandeza,  de suas maravilhas. Então Deus nos criou.

Enxergo a decisão de Deus em nós criar como a decisão de um casal de ter filhos. Ele queria ensinar, nos amar, nos ver crescer e ser feliz. Queria compartilhar da nossa vida. Deus, para mim, é Paternal. Maternal. 

Ele,  com certeza,  não é um pai contemporâneo. Ele não é o Pai que faz vista grossa aos erros dos filhos ou que dá tudo de mãos dadas sem que o filho se esforce. Ele não é o Pai que vai passar a mão na cabeça do filho nas coisas em que ele erra. Ao meu ver, Deus pode até nos proteger daqueles que querem nos denegrir,  agredir ou desmoralizar. Mas se estamos errados,  Deus conversa sério conosco e diz que estamos errados e que não podemos continuar no erro. Ele não nos humilha e tampouco dá castigos absurdos.

Deus é o Pai que permite que a gente lide com as consequências de nossas escolhas. Escolhas essas que Ele nos permitiu ter. Ele, enquanto pai e mãe, não quer nos forçar a amá-lo. Ele nos ama e espera que façamos o mesmo de forma espontânea e verdadeira. Deus não te segue pedindo para ser visto, Ele espera que você perceba todas as coisas que Ele faz por você e sua vida. Ele acompanha seus passos,  te levanta e cura suas feridas, mas muitas vezes faz isso através de terceiros.  Porque Ele não quer te colocar na situação de precisar reconhecê-lo, te impedindo de escolher e te impondo a presença dEle. Deus é tão maravilhoso que ele não faz nada esperando reconhecimento. De nós Ele quer amor sincero.  Amor de um filho ao seu pai. Gratidão dada e não exigida.

Deus não é o pai que vai te tirar da balada a força. Pelo contrário,  ele dirá que tudo é permitido, mas que você precisa saber o que te convém. E o que me convém é aquilo que não vai deixar meu Pai decepcionado comigo.

Como um bom pai, devemos a Ele temor.  Respeito. E Ele é nossa segurança,  refúgio e sentido. Como com uma mãe recorremos a Ele com lágrimas nos olhos,  pedindo colo. Pedindo consolo.  Quando temos intimidade com Ele entendemos Sua maneira de nos enxergar e a esse mundo. Entendemos suas ações para nossa vida. Entendemos que mesmo quando Nos priva de algo que queremos, Ele tem um ato de amor.

Se alguém fala mal de seu pai/mãe, ainda mais quando não é justo,  você se revolta. Ainda que Deus diga "filhinho, não faça isso, dê a outra face. Não cabe a você essa luta.  Apenas me ame e me deixe te amar". Deus conhece nosso íntimo porque uma mãe conhece aos que ela carregou tanto tempo em sua barriga e ainda mais tempo em seu coração. Deus nos ensinou com zelo nossas habilidades. Querendo que fizéssemos com elas o bem uns aos outros e nos ajudasse a viver no mundo.

Deus não quer que briguemos com nossos irmãos. E não precisa que irmão denuncie irmão. Não precisa que irmão julgue a pena do irmão. Ele fará isso no tempo correto,  com os motivos corretos e com a justiça que só cabe a Ele. Porque nossos pais sabem avaliar melhor quem somos e o quanto seguimos os seus conselhos e obedecemos suas ordens. Mas no dia em que nosso Pai for ter a conversa derradeira, não haverá mais chances para segundas chances e quem não O temeu e não O reconheceu não poderá entrar em Sua casa e se sentar ao Seu lado. Naquele momento Deus dirá que também já não te quer mais.

Deus dá ordens. Deus nos alerta. Deus nos aconselha. Não nos obriga, mas nos diz o que vai nos afastar de Seus caminhos, o que vai enfraquecer a confiança que tem em nós e o que vai magoá-lO.

O meu Deus, o mesmo Deus que abriu o mar para salvar seus filhos e curou os leprosos, também incendiou cidades e limpou a terra com o dilúvio. Deus não erra. Mas um pai também se revolta quando não obedecemos e só fazemos coisas que O envergonha.

Deus não está dormindo. Deus não está ausente. Não não está lavando Suas mãos. O meu Deus está presente e vivo. Ele ouve e responde aqueles que colocam seus ouvidos atentos. Ele cuida e observa. Ele afaga nossas feridas. Mas Deus não chegará a quem O rejeita porque respeita a escolha feita. Deus não põe uma roupa colorida e pula no mundo fazendo shows pirotécnicos porque Deus não é um pai que envergonhe Seus filhos e nem escolhe o destino no lugar deles.

O meu Deus espera. E em troca de tudo que Ele faz, Ele pede que eu, enquanto isso, não faça nada que Ele não faria.

Não é fácil agir como nosso Pai/Mãe,  mas devemos sempre seguir o Seu exemplo e tentar melhorar.  Cientes de que os filhos que estiverem fiéis aos seus pais,  estarão mais perto daquele presente maravilhoso e tão aguardado que foi prometido. O melhor de todos.

Não sei quem é o Seu Deus. Não sei como você enxerga o meu. Mas meu Deus não faz mal a ninguém por causa de um pedido meu. Meu Deus não quer o sofrimento,  não visa o próprio interesse, não exige de mim homicídios ou sacrifícios de animais. Porque meu irmão mais velho, aquele mais próximo do meu pai,  aquele que foi o primogênito e o mais chegado, já assumiu a culpa dos meus delitos. Ele me protegeu e pediu ao nosso Pai para deixar que Ele cuidasse das responsabilidades. 

A minha família é de amor.  E eu,  filhinha,  sou amada e cuidada o tempo todo. Não há Deus maior que o meu. Porque o meu me trata como filha. O meu me ama primeiro. O meu nunca terá de mim tudo o que Ele merece.

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