Pages

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Onde os fracos não têm vez...

     Algumas pessoas dizem que o dinheiro é o mal do mundo. Que o dinheiro é aquilo que faz com que mostremos nossos piores lados, que deixemos de pensar nos outros e sejamos egoístas. Tá, isso é bem bonito e filosófico, dá a sensação de que somos maravilhosos, mas somos corrompidos por um vilão impiedoso e que se esse vilão absurdo não existisse, tudo seria lindo. Para mim esse teoria é tão fraca e tão facilmente contraditória e absurda que mal entendo como algumas pessoas podem defendê-la com tanto fervor. Quer dizer... Quem inventou o dinheiro, afinal? Ele caiu do céu? Foi encontrado na terra? Não né, fomos nós, seres humanos que resolvemos colocá-lo para negócio. E depois, quem é que controla o dinheiro? São os anjos? São energias cósmicas? Não também, né... Somos nós. Então vamos mais além...
     Você tem um pedaço de pão na sua mão, o pão, que é um alimento que nos faz tão bem... Se você usa aquele pão para sufocar uma pessoa até a morte, quem é o vilão? Você ou o pão? Porque para mim, sugerir que o dinheiro é o vilão de tudo, é acreditar que se você não tivesse aquele pão, você não ousaria matar a outra pessoa. É simplesmente querer ser simplista alegar que o mal do mundo é um bando de papel cortado que usamos para controlar o que temos ou o que não temos. O dinheiro passou a existir porque foi necessário, porque as trocas pequenas e singulares que estavam sendo feitas nas feiras medievais já não eram mais suficientes, porque as vezes você só tinha trigo, mas precisava comer aveia e o dono da aveia não queria trigo porque o que ele estava precisando mesmo era de mel, que só era trocado numa feira lá longe, mas em compensação o dono do transporte não queria aveia também, e nem trigo.
     O dinheiro foi necessário e continua sendo até hoje. Não é o papel-moeda o culpado e nem o capitalismo, mas nós. Nós somos culpados por não saber lidar com esse objeto que nos permite ter mais coisas. Estamos sempre querendo mais e se a pessoa do nosso lado estiver morrendo, aprendemos a não nos importar desde que nós tenhamos o que queremos. Não é o dinheiro que nos corrói, mas nós que corrompemos tudo e todos. Já dizia Thomas Hobbes: "O Homem é o lobo do Homem" e ele está certíssimo, quem vai dizer que não? Ele lá atrás percebeu que era o homem quem fazia todas as besteiras e que corrompia um ao outro, foi ele quem disse que precisamos ser podados, precisamos ser regidos por leis para que não façamos coisas grotescas. Tá aí, temos as leis, temos os governos. Na teoria TUDO é controlado por um outro órgão e funcionaria perfeitamente se nós, mais uma vez, não estivéssemos errando.
     Acho que nós erramos, MUITO, em não fazer nada. E depois erramos mais um pouco em não pensar. Porque quando alguém se movimenta, se você observar bem vai perceber que nem ela sabe o motivo de estar se movimentando. Eu vejo tanto isso que dá náuseas. Me diz, para que existe o seu cérebro, afinal?

Compartilhe!

Powered By Blogger