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domingo, 15 de julho de 2012

Virando na esquina...

     A tristeza é assim. Nunca sei, nunca entendo. A tristeza é uma coisa chata que perturba, que se instala, que faz cabana, casa. Acho que ninguém sabe quando está prestes a se sentir tristeza, isso apenas acontece, simples, quando percebemos nos sentimentos menos felizes, menos dispostos, mais incomodados, porém cientes de que ou não temos o que fazer ou não estamos pretendendo fazer nada. Porque a tristeza é viciante, ela é dominadora, ciumenta, orgulhosa.
   Quem não está triste nunca entende quem está. Não importa quantas vezes na vida você já se sentiu assim, a regrá é clara: você não vai entender. Porque a dor, o mal, o incomodo do outro nunca tem o mesmo peso, a mesma importância. Passamos a ver tudo com olhos críticos.
   Não é a tristeza que me incomoda no final, o que me incomoda é saber que eu sei muito bem porque ela está instalada e no fim saber que a culpa é minha. Ela está aqui porque eu deixei, mas eu não tenho como retirá-la. Posso fingir, posso sorrir, posso tentar não pensar, mas a tristeza continua, depois que se instala só vai embora quando quer, quando acha que tem outra pessoa melhor para servir de moradia.
   Ela vem seguindo motivações diversas, as vezes é um item perdido, um coração partido, um jogo não vencido, um machucado dolorido, sei lá. Ela vem quando quer, quando acha que é a hora, quando você está muito bem ou quando você está muito mal, pra fechar o caixão de vez.Nunca entendi a tristeza. Ela não te faz mais inteligente, mais divertido ou mais bonito. Pelo contrário, te deixa cabisbaixo, cheio de olheiras e de mau humor. A tristeza é um saco! Mas sem ela a gente não dá valor a alegria, sem ela a gente nunca valorizaria o sorriso, o aconchego, a felicidade.
  Dizem que depois de uma baita tristeza o que tem em frente é uma bela felicidade. Não sei se é verdade, mas até que essa possibilidade melhora o ângulo. Quase consigo ver a alegria ali na frente. Opa, felicidade, me espera que já vou já. Vou quando essa tristeza passar.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Me desculpe se...


Desculpe se minha alegria te incomoda...
A culpa é dos amigos maravilhosos(únicos, figuraças, presentes divinos e que não abandonarie nunca, mesmo que eles sejam a raposa e eu o cão ou a velha) que tenho, da alegria e felicidade que é confiar em Deus e ser amada por Ele, dos pais amorosos e melhorzões do mundo que estão ao meu lado, da irmã com quem aprendi e aprendo muito todo dia, de viver sabendo que tenho cama para dormir, teto para me refugiar, roupa para vestir, comida para comer. AAH, sim, eu tenho momentos incríveis na vida e acabei de viver dias inesquecíveis e de quebra tenho a sorte de fazer a faculdade que escolhi na instituição que sonhei, ATUAR que sempre foi minha paixão, fazer os cursos que eu quero e saber que todo dia eu sou abençoada. Ah, me desculpe se minha alegria te incomoda, mas o problema não está em mim, está só em você.
xoxo

terça-feira, 3 de julho de 2012

É cool ser POP. (?)

É cool ser POP. 
É, eu também achava. Quando eu tinha 13 anos. No máximo uns 15 anos. Não quando eu tinha 18. Com dezoito eu já tinha percebido que ser popular demanda perder de pouquinho em pouquinho pedaços de nossa personalidade e por fim não se é mais nada, isso é ser um merda fútil. Aos vinte então... Ah, aos vinte essa sina de ser popular é coisa pra criança e o mundo é um moinho como diria Cazuza. Não apenas moe sonhos mesquinhos, como roda. 

Eu, como boa observadora, percebo que tem uma onda babaca de que ser popular é um estilo de vida dos sonhos, divinal. Coitados, a culpa não é desses jovens narcisistas e estúpidos, eles apenas foram esculpidos sem muita coisa no cérebro e acham que tudo que se interessa na vida é ter muitos amigos no facebook e ser badalado na faculdade. Grande coisa. Porque se o coleguinha tem uma opinião que diverge da minha, ele merece ser esculhambado, não é isso? Se o coleguinha não quer seguir as ideias da massa, ele não é digno de atenção, ele não é COOL.

O que me surpreende numa faculdade de comunicação não é exatamente que eles sigam a risca essa condição de seguidores do COOL, mas é que eles batam no peito e digam que a mídia fala para a minoria, que a mídia faz as pessoas seguirem modismos. Ora, o que eles estão fazendo não é justamente isso? O que muda é só a circunstância. Na faculdade a maioria acha bacana ficar no DCE e ser conhecido por todos os calouros, por todos os veteranos e se achar muito legal por ser querido por todos; no futuro isso se transforma em um jornalista que gosta de ter amigos e ser querido por todos e que não vai abrir mão de seu status de COOL só para falar das mazelas de uma população, ainda mais quando as mazelas deles não me atingem.

Porque, né? FODA-SE o raciocínio crítico. Me dá náuseas ver esse bando de jovens sendo babacas. Eu queria poder dizer "Ah, eles são jovens, eles estão fazendo babaquices que pessoas de dezoito e dezenove anos fazem", mas isso é uma mentira. Primeiro que eu acho uma perda de tempo você ficar tentando agradar pessoas, ficar cheirando o rabinho alheio só para ser aceito no grupinho. Segundo porque eu acho que quando você é você mesmo, vai atrair pessoas que gostem de você pelo o que você é e não por aquilo que eles querem que você seja. E para mim é muito cafona pessoa que fica fazendo tipinho, que fica tentando aparecer e ser "o engraçado", "o popular" numa faculdade. ALÔ, o tempo de ser esse tipo de pessoa ficou lá na escola. E sinceramente, eu posso falar, ja vivi minha fase de ser popular. E hoje eu concordo em número e grau com Oscar Wilde que diz "A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre. Ecoínos que me desculpem, mas eu prefiro bem mais ser uma pessoa que agrega valor, uma pessoa com conteúdo,alguém que eu goste e ter apenas duas ou uma pessoa atrás de mim, do que ser um medíocre e ter uma multidão me seguindo.


Talvez seja hora de rever que tipo de pessoa você está sendo na faculdade (e na vida também, por quê não?). Alguém de personalidade, com presença e que tenha valor ou um tipinho, que existe só para ser aceito por aqueles que se acham os bons e estão cheio de teto de vidro ?!


Termino aqui com a seguinte frase também do Oscar Wilde "Ah! Não me diga que concorda comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado."



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