Pages

quinta-feira, 25 de abril de 2024

absentness

Counting endlessly your absence
And sometimes I ask myself what does it mean
Every shot of reality, every time I realized my condition
I have to deal with the fact that I don't even know what I am waiting anymore.

Honestly picking up the pieces around everywhere
Not much sure if it makes any sense
Every time I bow to get a new one, many others slip through my fingers,
falling again and again.

I don't love you.
But I also don't forget you.
I keep hoping that you can be who I thought you were.

It has been more than an year now.
About five months since the day I decided to erase you from my life.
What the heck, then, that I still check you in my mind.

Everyone else that I meet, 
makes just more clear the things I loved about you.
All the disconnections around me,
all the half emptiness, half interest.
And I don't even know who you are.
Not anymore. Not after all this time.

How can I be sure.
Of anything.

It's just tiring. And frustrating.

segunda-feira, 18 de março de 2024

Aquele tal dos 30

(written: 18/04/2022) 


Existe um portal invisível que a gente ultrapassa aos 30 anos.

Tem alguma coisa com esse marco que faz a gente mudar – por dentro e por fora – de forma perceptível e incontrolável.

A gente se torna muito consciente para ser inconsequente.  Aquelas coisas bobas e perigosas que era parte dos nossos vinte foram-se. De uma hora para a outra, elas já não são mais fazíveis. Percorremos todo o trajeto da sensação de dono de si e dono do mundo, chegamos ao ponto em que descobrimos que ser dono de si significa lidar com as consequências estourando no meio da nossa cara. E ser inconsequente é um papelão ridículo que alguns insistem em fazer, mas que já parece e muito com a piada de tiozão.

E tiozão é uma coisa que a gente começa a se sentir. MESMO.

Os adolescentes de hoje parecem tão diferentes de nós quando éramos adolescentes. E a gente sabe que no fundo não devem ser, mas parecem. Eles não têm noção do quão pouco sabem. E quando a gente compartilha alguma coisa, eles parecem rir da gente por dentro. E já reparou que a gente está sempre pronto a compartilhar alguma coisa com os mais novos? E aí a gente se lembra de que os adultos que faziam isso eram chatos. Viramos os adultos chatos. Que droga!

Mas é incontrolável: eles são tão intensos, tudo é tão questão de vida ou morte: o namoro, as decisões sobre ir ou não naquela festa, as ordens dos pais. A gente sente vontade de dizer: “ei, calma. Está tudo certo, isso vai se resolver”.  Poxa, se eles soubessem o quão legal é ser só um adolescente. Não é hora de se preocupar tanto com as coisas sérias, nem tornar tudo tão sério. Curta um pouco a viagem, crianças. É algo que a gente só se dá conta depois e aí já não dá pra voltar no tempo.

Os medos que tínhamos antes hoje vemos que eram bobos. A gente olha e nem acredita que já teve mesmo aquele medo, aquele receio, que sofria por aquela coisa ou por aquele alguém. Rimos do nosso desespero quanto ao futuro agora que o tal futuro virou presente. Nós temos anseios do presente mesmo. É a conta que precisa fechar, a decisão que precisa se tomada, a casa, o carro, a promoção – ou a demissão – que nos deixa preocupados. Pensamentos de gente grande.

Mas a gente não se sente grande. Não conseguimos ligar a nossa visão de adulto com quem nós somos. Adultos são aquelas pessoas que sabem tomar decisões, seguras de si, com um trabalho estável e tudo resolvido na vida. Adultos são as figuras de nossos pais que já cuidavam de casa e de trabalho, já tinham filhos e economizavam para a viagem do final do ano.  E alguns de nós já são pais!

Tínhamos expectativas quanto aos trinta. Nós que fomos criados em meio a todas as grandes possibilidades. Adolescência nos anos 2000, falávamos de robôs, ninguém duvidava do homem na lua e nem na possibilidade de uma viagem interplanetária. Era tudo muito possível. E a chance de ser qualquer coisa que quiséssemos era praticamente uma certeza. O que sempre ouvíamos era que bastava acreditar – valeu, Xuxa – tudo que você tiver que ser, será. Então a gente quis. E quem não quis, queria querer. Mas a vida, como dizia Joseph Climber, é como uma caixinha de surpresas.  E nossa juventude veio e com ela trouxe as várias atividades que deveríamos desempenhar – tudo ao mesmo tempo – porque afinal, a internet está aí. E se a gente quisesse, conseguia.

Os vinte foram os anos mais divertidos. Eu sei que foi para você também. Nem adolescentes que precisavam pedir permissão aos pais, nem adultos que precisavam pagar todas as contas. Fora a energia – como tínhamos energia!  Ela meio que dá uma bela diminuída depois dos trinta. Porque as costas doem, como cantou a Sandy muito sabiamente. E dormir muito tarde vai dar uma baita ressaca e dor de cabeça durante aquela semana de finalizar o projeto no trabalho. Não rola mais deixar de dormir. E nós gostamos de dormir. Dormir é legal. Aproveite isso, jovens! Ou não. Viver os seus vinte é ainda mais importante e depois você terá os trinta e poucos para se lembrar de como era (e dormir).

Não que a gente não se divirta. Mas a forma que fazemos isso também muda. Há exceções, claro, mas tem uma atração muito forte em sentar numa mesa e conversar com amigos. Receber pessoas na nossa casa. Música ambiente. Ou noitada com uma hora definida pra acabar – eu disse noitada? Desculpa, erro meu, eu quis dizer um show daquela banda que a gente ama. No máximo um barzinho com música ao vivo. Balada, noitada, esse negócio de gente no escuro e música muito alta já não é a coisa mais legal do mundo. A gente tenta, às vezes, mas é muito cansativo ficar em pé a noite toda, uma galera que não sabe beber arrumando briga ou fazendo aquela vergonha.  E no final, a gente ainda estraga aquele sapato que ainda estamos pagando a parcela. É, não vale a pena.

E essas mudanças todas aconteceram no meio do caminho, sem que a gente de fato notasse. Porque a gente se sente ainda com vinte anos. Entre uma entrega do trabalho aqui, um aniversário ali, a gente foi trocando nossa pele, adquirindo novos hábitos, deixando os antigos de lado. Muitas vezes – a maioria delas, sem perceber que fizemos isso.  É realmente chocante chegar aos trinta e notar, talvez justamente por causa desse marco, que nós mudamos. E por mais jovens que a gente ainda seja – e somos, não somos mais os mesmos jovens. 

Temos sonhos para realizar, objetivos para cumprir, conquistas a serem conquistadas! Nossos passos parecem tão incertos, mas talvez eles não pareçam assim para as outras pessoas. E se parecer também, o que importa? Está todo mundo tentando se encontrar. E tudo bem, isso é a vida. Não tem um caminho único, nem um jeito só de se fazer. A vida é como o LEGO: a gente vai montando peça por peça. Ora ou outra tem que tirar algumas pecinhas e colocar outras.

Esse portal invisível existe? Eu acho que sim.  Agora temos uma bagagem maior, uma visão diferente e uma compreensão da vida mais ampla. A gente diz pros adolescentes “ei, calma!” porque a gente sabe que a estrada é grande porque já passamos por isso. Mas os mais velhos dizem a mesma coisa para a gente: “Ei, calma! Os trinta são maravilhosos. Como eu era novo!”. Então, meu jovem de trinta anos: calma. Aproveite a viagem. Esse portal te levou para uma temporada nova e só é preciso você curtir esse presente que é o presente. Não se apegue tanto ao passado, nem se preocupe tanto com o futuro. O que dizemos aos adolescentes ainda é verdade para a gente: “essa é idade é maravilhosa, aproveite”.

Então passe por esse portal com tudo. E será!

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

in halves

 Split in a way I never thought would be possible

I have experienced break ups before. I have cried and risen up.

After the storm, what comes is supposedly a calm, but after your storm what came was not exactly it.

I fell I'm split in half and these two parts of me do not complete each other.

Do you have any idea of what you have done to me?

I loved you so deeply, so honestly... I cannot connect with that person who loved you anymore.

I can't let her go either.


You are just a shadow now, a memory and it's so weak.

How come I feel that I'm still holding on in you? How come I feel I'm still waiting somehow for you?

I dreamed three nights in a row with you and woke up lost.

You don't deserve me and you don't even care.

And I'm tired of settling for less. 

I don't want you anymore, and I am not able to want anyone else.


I'm in halves.

Moving on, going forward, but still carrying it with me.

It's a tail stuck in my feet.

I'm going ahead, not looking back, but there's a rope keeping me close enough to still know you were there.


I revived our conversations, I revived all the stuff you have me been through

and I understood all my friends were always trying to alert me of.

And still, here I am, comparing everyone to you.

Comparing everyone to what you were to me.

I'm in halves.


Exhausted of trying to put pieces back together

I gave up the glue and I'm building new ones.

And still, brand new shapes don't seem to fit halves.



Compartilhe!

Powered By Blogger