Pages

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Onde os fracos não têm vez...

     Algumas pessoas dizem que o dinheiro é o mal do mundo. Que o dinheiro é aquilo que faz com que mostremos nossos piores lados, que deixemos de pensar nos outros e sejamos egoístas. Tá, isso é bem bonito e filosófico, dá a sensação de que somos maravilhosos, mas somos corrompidos por um vilão impiedoso e que se esse vilão absurdo não existisse, tudo seria lindo. Para mim esse teoria é tão fraca e tão facilmente contraditória e absurda que mal entendo como algumas pessoas podem defendê-la com tanto fervor. Quer dizer... Quem inventou o dinheiro, afinal? Ele caiu do céu? Foi encontrado na terra? Não né, fomos nós, seres humanos que resolvemos colocá-lo para negócio. E depois, quem é que controla o dinheiro? São os anjos? São energias cósmicas? Não também, né... Somos nós. Então vamos mais além...
     Você tem um pedaço de pão na sua mão, o pão, que é um alimento que nos faz tão bem... Se você usa aquele pão para sufocar uma pessoa até a morte, quem é o vilão? Você ou o pão? Porque para mim, sugerir que o dinheiro é o vilão de tudo, é acreditar que se você não tivesse aquele pão, você não ousaria matar a outra pessoa. É simplesmente querer ser simplista alegar que o mal do mundo é um bando de papel cortado que usamos para controlar o que temos ou o que não temos. O dinheiro passou a existir porque foi necessário, porque as trocas pequenas e singulares que estavam sendo feitas nas feiras medievais já não eram mais suficientes, porque as vezes você só tinha trigo, mas precisava comer aveia e o dono da aveia não queria trigo porque o que ele estava precisando mesmo era de mel, que só era trocado numa feira lá longe, mas em compensação o dono do transporte não queria aveia também, e nem trigo.
     O dinheiro foi necessário e continua sendo até hoje. Não é o papel-moeda o culpado e nem o capitalismo, mas nós. Nós somos culpados por não saber lidar com esse objeto que nos permite ter mais coisas. Estamos sempre querendo mais e se a pessoa do nosso lado estiver morrendo, aprendemos a não nos importar desde que nós tenhamos o que queremos. Não é o dinheiro que nos corrói, mas nós que corrompemos tudo e todos. Já dizia Thomas Hobbes: "O Homem é o lobo do Homem" e ele está certíssimo, quem vai dizer que não? Ele lá atrás percebeu que era o homem quem fazia todas as besteiras e que corrompia um ao outro, foi ele quem disse que precisamos ser podados, precisamos ser regidos por leis para que não façamos coisas grotescas. Tá aí, temos as leis, temos os governos. Na teoria TUDO é controlado por um outro órgão e funcionaria perfeitamente se nós, mais uma vez, não estivéssemos errando.
     Acho que nós erramos, MUITO, em não fazer nada. E depois erramos mais um pouco em não pensar. Porque quando alguém se movimenta, se você observar bem vai perceber que nem ela sabe o motivo de estar se movimentando. Eu vejo tanto isso que dá náuseas. Me diz, para que existe o seu cérebro, afinal?

sábado, 29 de setembro de 2012

Existo, logo penso????

Nietzsche que me dê licença da citação, mas é sério isso?

Será que essa filosofia do "existo, logo penso" pode ser realmente comprovada? Quantas pessoas, SEM DÚVIDA, existem por aí, mas não pensam. Elas vomitam. Vomitam repetições, compartilham frases que elas nem sequer sabem o que significam, elas estão por aqui vivendo e só. Nada para acrescentar.
Caramba, está faltando pensamento no século XXI. Tem gente demais e reflexão de menos, tem repetição de mais e senso crítico de MUITO menos. Senso crítico, que locução maravilhosa, que preciosidade que está esquecida entre a moda e a futilidade.

Tem gente que acha que pensa, mas vomita frases "cults" e pensamentos políticos teóricos LINDOS, mas que na prática não servem nem para calcular o gasto do senado com a limpeza dos banheiros. Sobre isso não posso culpar os cidadãos pela ignorância já que ninguém ensina mais como que as coisas funcionam, não tem ninguém para indicar o caminho hoje em dia e a pessoa anda como dá. O problema é vomitar achando que está cristalizando carbono hexagonal.

Tem diversas coisas que me deixam injuriada ultimamente com ligação à esse padrão que vou nomear carinhosamente de "idiotização cult". Pois bem, ela está em todos os lugares: na faculdade, no facebook, na televisão, no twitter, nos e-mails de trabalho,nas rádios, no programa eleitoral, nas boas intenções...  E o mais surpreendente é como a idiotice se espalha! Com nessa onda de compartilhamento o que realmente interesse fica preso em algumas poucas visualizações enquanto a idiotice se prolifera como epidemia.

É verdade que devemos ser firmes em nossas opiniões e que se as temos é porque achamos que elas são sensatas. Mas a pessoa que tem fortes argumentos para manter sua opinião, mesmo que para mim esta seja a mais estúpida possível, já ganha pontos. O que me incomoda, além da falta de coerência de alguns lemas, se algumas visões, é a repetição desenfreada destas quando muitas vezes não se sabe nem do que se está falando. Como por exemplo, vi no facebook esses dias... Um compartilhamento dizendo que homem machista acha feio mulher falar palavrão... Até eu acho feio. Falo, mas acho feio. Acho feio homem falando também. A grande diferença é que na minha visão, mulher é mais sensata que homem. Mulher percebe as coisas de maneira mais clara e cabe a ela se portar com mais educação, com uma postura adequada. E se o homem está fugindo disso, sinalizar para ele que não está adequado.  Também tinha uma dizendo que homem machista chama senso crítico de TPM... Dá licença, eu tenho TPM e eu mesma não me suporto quando estou nesses dias e sei de um monte de gente que fica um SACO com sua porção de opiniões exageradas e dramáticas/esbaforidas/melodramáticas/nervosinhas. Existe diferença entre "senso crítico" e "falação".

Nessa comunidade tinham algumas outras tantas atrocidades. Tinham algumas, bastante até, quer eram verídicas, coerentes e tal, mas outras?! Outras eram simplesmente... melhor nem dizer. A minha crítica aqui é por colocar tudo num saco só e não pensar no que isso significa. E não ter noção de quais arestas isso deixa. Porque nada é unilateral nessa vida. Você tem que ter noção disso e refletir sobre as cartas que não estão na mesa, ou seja, nas coisas que não podem ser vistas do seu ponto de vista.A vida é como um jogo de cartas, não é porque você tem um bom jogo que pode garantir saber onde estão todas as outras cartas e o que elas significam...

E aí Nietzsche.. Só porque eu existo, será que eu penso?

domingo, 15 de julho de 2012

Virando na esquina...

     A tristeza é assim. Nunca sei, nunca entendo. A tristeza é uma coisa chata que perturba, que se instala, que faz cabana, casa. Acho que ninguém sabe quando está prestes a se sentir tristeza, isso apenas acontece, simples, quando percebemos nos sentimentos menos felizes, menos dispostos, mais incomodados, porém cientes de que ou não temos o que fazer ou não estamos pretendendo fazer nada. Porque a tristeza é viciante, ela é dominadora, ciumenta, orgulhosa.
   Quem não está triste nunca entende quem está. Não importa quantas vezes na vida você já se sentiu assim, a regrá é clara: você não vai entender. Porque a dor, o mal, o incomodo do outro nunca tem o mesmo peso, a mesma importância. Passamos a ver tudo com olhos críticos.
   Não é a tristeza que me incomoda no final, o que me incomoda é saber que eu sei muito bem porque ela está instalada e no fim saber que a culpa é minha. Ela está aqui porque eu deixei, mas eu não tenho como retirá-la. Posso fingir, posso sorrir, posso tentar não pensar, mas a tristeza continua, depois que se instala só vai embora quando quer, quando acha que tem outra pessoa melhor para servir de moradia.
   Ela vem seguindo motivações diversas, as vezes é um item perdido, um coração partido, um jogo não vencido, um machucado dolorido, sei lá. Ela vem quando quer, quando acha que é a hora, quando você está muito bem ou quando você está muito mal, pra fechar o caixão de vez.Nunca entendi a tristeza. Ela não te faz mais inteligente, mais divertido ou mais bonito. Pelo contrário, te deixa cabisbaixo, cheio de olheiras e de mau humor. A tristeza é um saco! Mas sem ela a gente não dá valor a alegria, sem ela a gente nunca valorizaria o sorriso, o aconchego, a felicidade.
  Dizem que depois de uma baita tristeza o que tem em frente é uma bela felicidade. Não sei se é verdade, mas até que essa possibilidade melhora o ângulo. Quase consigo ver a alegria ali na frente. Opa, felicidade, me espera que já vou já. Vou quando essa tristeza passar.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Me desculpe se...


Desculpe se minha alegria te incomoda...
A culpa é dos amigos maravilhosos(únicos, figuraças, presentes divinos e que não abandonarie nunca, mesmo que eles sejam a raposa e eu o cão ou a velha) que tenho, da alegria e felicidade que é confiar em Deus e ser amada por Ele, dos pais amorosos e melhorzões do mundo que estão ao meu lado, da irmã com quem aprendi e aprendo muito todo dia, de viver sabendo que tenho cama para dormir, teto para me refugiar, roupa para vestir, comida para comer. AAH, sim, eu tenho momentos incríveis na vida e acabei de viver dias inesquecíveis e de quebra tenho a sorte de fazer a faculdade que escolhi na instituição que sonhei, ATUAR que sempre foi minha paixão, fazer os cursos que eu quero e saber que todo dia eu sou abençoada. Ah, me desculpe se minha alegria te incomoda, mas o problema não está em mim, está só em você.
xoxo

terça-feira, 3 de julho de 2012

É cool ser POP. (?)

É cool ser POP. 
É, eu também achava. Quando eu tinha 13 anos. No máximo uns 15 anos. Não quando eu tinha 18. Com dezoito eu já tinha percebido que ser popular demanda perder de pouquinho em pouquinho pedaços de nossa personalidade e por fim não se é mais nada, isso é ser um merda fútil. Aos vinte então... Ah, aos vinte essa sina de ser popular é coisa pra criança e o mundo é um moinho como diria Cazuza. Não apenas moe sonhos mesquinhos, como roda. 

Eu, como boa observadora, percebo que tem uma onda babaca de que ser popular é um estilo de vida dos sonhos, divinal. Coitados, a culpa não é desses jovens narcisistas e estúpidos, eles apenas foram esculpidos sem muita coisa no cérebro e acham que tudo que se interessa na vida é ter muitos amigos no facebook e ser badalado na faculdade. Grande coisa. Porque se o coleguinha tem uma opinião que diverge da minha, ele merece ser esculhambado, não é isso? Se o coleguinha não quer seguir as ideias da massa, ele não é digno de atenção, ele não é COOL.

O que me surpreende numa faculdade de comunicação não é exatamente que eles sigam a risca essa condição de seguidores do COOL, mas é que eles batam no peito e digam que a mídia fala para a minoria, que a mídia faz as pessoas seguirem modismos. Ora, o que eles estão fazendo não é justamente isso? O que muda é só a circunstância. Na faculdade a maioria acha bacana ficar no DCE e ser conhecido por todos os calouros, por todos os veteranos e se achar muito legal por ser querido por todos; no futuro isso se transforma em um jornalista que gosta de ter amigos e ser querido por todos e que não vai abrir mão de seu status de COOL só para falar das mazelas de uma população, ainda mais quando as mazelas deles não me atingem.

Porque, né? FODA-SE o raciocínio crítico. Me dá náuseas ver esse bando de jovens sendo babacas. Eu queria poder dizer "Ah, eles são jovens, eles estão fazendo babaquices que pessoas de dezoito e dezenove anos fazem", mas isso é uma mentira. Primeiro que eu acho uma perda de tempo você ficar tentando agradar pessoas, ficar cheirando o rabinho alheio só para ser aceito no grupinho. Segundo porque eu acho que quando você é você mesmo, vai atrair pessoas que gostem de você pelo o que você é e não por aquilo que eles querem que você seja. E para mim é muito cafona pessoa que fica fazendo tipinho, que fica tentando aparecer e ser "o engraçado", "o popular" numa faculdade. ALÔ, o tempo de ser esse tipo de pessoa ficou lá na escola. E sinceramente, eu posso falar, ja vivi minha fase de ser popular. E hoje eu concordo em número e grau com Oscar Wilde que diz "A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre. Ecoínos que me desculpem, mas eu prefiro bem mais ser uma pessoa que agrega valor, uma pessoa com conteúdo,alguém que eu goste e ter apenas duas ou uma pessoa atrás de mim, do que ser um medíocre e ter uma multidão me seguindo.


Talvez seja hora de rever que tipo de pessoa você está sendo na faculdade (e na vida também, por quê não?). Alguém de personalidade, com presença e que tenha valor ou um tipinho, que existe só para ser aceito por aqueles que se acham os bons e estão cheio de teto de vidro ?!


Termino aqui com a seguinte frase também do Oscar Wilde "Ah! Não me diga que concorda comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado."



segunda-feira, 25 de junho de 2012

Um dedo a mais. PARTE 2

Valorização. Esse é o tema da vez. Eu pensei, pensei e pensei, por fim decidi que a valorização ela também precisa acontecer em outros termos, por outros ângulos. Será que nós mesmos nos valorizamos? Quer dizer, será que não estamos sempre brincando de sermos inferiores, de nos menosprezar, de achar que qualquer pessoa que venha lá de fora, só por ser 'estrangeiro' já é melhor?! É muito fácil falar que o Brasil é uma bagunça e que nada aqui acontece direito, essa é uma história que se repete na boca de todo mundo e duvido que alguém, algum dia, não tenho dito exatamente isso. Não tiro a razão, mas acho que por trás dessa visão existe um vício de desconsiderar tudo que nosso país tem. Nós não somos definidos pelo carnaval ou pelo futebol. Nós não somos apenas nossas praias e Pelé, Ronaldinho etc. Somos um povo que se orgulha de tudo aquilo ao qual somos BEM representados. Futebol não nasceu no Brasil, é um esporte europeu, mas que o brasileiro adaptou ao seu molejo, a sua ginga, a sua criatividade. O brasileiro leva a vida como leva a bola nos pés, não com essa terrível história de "jeitinho brasileiro" de tentar trapacear e se dar bem em cima dos outros, mas na questão de ir equilibrando, se virando da maneira que dá de modo que no fim do mês tenha alimento na geladeira e na mesa, de modo que os filhos estejam se tornando pessoas honestas, ainda que a pobreza seja uma companheira ciumenta. O brasileiro é um camaleão. Tá ruim, mas está sorrindo, de bom humor. O dinheiro do mês acabou, mas eu vou atrás do bloco de rua tentar me divertir.
           Está certo que de certo modo essa maneira um pouco "positiva" ou talvez, quem sabe, acomodada, do brasileiro acaba sendo prejudicial quando o negócio está ruim e não tem como dizer "mas está bom" porque está ruim e pronto, e NÓS temos que consertar, correr a trás, exigir melhorias. Não dá pra equilibrar a bola entre os pés, quando nos dão um carrinho, uma banda, e desmontam a nossa jogada. Não dá para garantir a comida na mesa quando a pobreza dá as mãos para os corruptos, os egoístas, os safados, aqueles que querem dar "um jeitinho brasileiro" e ser malandro a custa da infelicidade dos outros. O problema do brasileiro é que ele se preocupa muito com o outro. O outro estrangeiro porque é sempre uma sombra pairando, é sempre melhor, é sempre mais inteligente, mais bem vestido, mais eficiente. O outro que mora ao lado porque se ele fez uma coisa errada, na primeira oportunidade que tenho eu faço também, já que ele está tirando essa onda, eu também quero. E que se ferre os demais. Isso não é característica de pobre não, isso é característica de grande parte dos brasileiros mesmo, do rico ao pobre, do nordestino ao sulista. Do eleitor ao político. A política de um país é o reflexo da sociedade, não podemos esquecer disso.
    Muitas pessoas não conhecem certas leis no Brasil que são muito interessantes, são inclusive superiores as leis dos demais, mas aqui... Não estão seguindo a lei, não estão cumprindo, estão trapaceando. Nossas leis eleitorais são uma das mais bem elaboradas, mas sempre tem um jeitinho de tornar tudo sujo, de usar as leis tão bem feitas para usos maléficos. Nossa política teórica é tão bonita, mas não mal utilizada na prática. Nossa constituição é tão democrática, tão justa, tão ampla, mas TÃO esquecida, desrespeitada, desconsiderada. As pessoas confundem liberdade com libertinagem, direito com apelação, limites com censura. 

Por isso nós dizemos que o Brasil é uma bagunça, porque nós, enquanto povo, enquanto POPULAÇÃO, somos desorganizados. Acomodados. Desinformados. Desvalorizados, começando pela maneira como nós mesmos nos enxergamos.

    Temos que bater no peito e honrar essa terra que nos dá nosso sustento, que nos acolheu quando nascemos, que nos dá alimento, abrigo, chances de viver. O maior cirurgião plástico do mundo é brasileiro, mas ele trabalha nos Estados Unidos, um dos melhores é o Ivo Pitanguy, brasileiro sim senhor; Oswaldo Cruz  foi cientista,médicobacteriologistaepidemiologista e sanitarista. Pioneiro nas descobertas de moléstias tropicais, descobridor de vacinas; o Brasil é o país mais avançado nas pesquisas para o coquetel para doentes da AIDS e dizem que é o país mais avançado nas pesquisas de cura para doenças que aflingem o mundo de maneira drástica, um dos maiores artistas plásticos é brasileiro, Ayrton Senna do Brasil é um marco até hoje na F1, Brasil é o único país do mundo com eleições eletrônicas que tornam o processo eleitoral mais rápido e mais democrático, temos a Amazônia, Rio de Janeiro, Fernando de Noronha, Bonito, Florianópolis, Salvador outros milhões de lugares maravilhosos de uma natureza deslumbrante, nosso povo é criativo, generoso, simpático... Temos tanto pelo o quê lutar, poderíamos ser tão mais. Mas antes de olhar para o OUTRO e desejar que alguém faça alguma coisa, precisamos NÓS começar a nos mexer. É hora de deixar de olhar para o lado e começar a olhar para a frente. 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Um dedo a mais. PART.1

         Eu sou a primeira a apontar aquilo que eu acho defeituoso no País. Sinceramente, eu fico tão necessitada de extravasar que a primeira coisa que faço é escrever sobre aquilo. Vide vários dos meus posts aqui no blog. O que eu tenho para falar hoje, segue a mesma lógica, só que eu não estou querendo criticar meu país, na verdade estou querendo URGENTEMENTE gerar uma reflexão.
        Não vou dizer que nossa educação é maravilhosa, não, não é. Principalmente nas partes básicas, que é onde temos mais déficit... Ensino fundamental é mesmo uma ponta dessa extensa linha que me preocupa e me incomoda, já que eu vejo tanto descaso e vejo muitos políticos tentarem enganar a população com meia dúzia de  artifícios que soam justos e bons para a maioria, mas que nós sabemos que são maneiras de se tapar o sol com a peneira.
         Pois muito bem, me recuso a entrar nesse mérito hoje. Hoje não falarei de políticas públicas de educação, como cotas, bolsa família, bolsa escola e blá blá. Hoje vou me limitar a falar de outro tema dentro de Educação. E esse tema se chama: VALORIZAÇÃO.

        Eu sou da ideia de que temos que criticar quando é preciso, mas também devemos elogiar quando necessário. Não acho que se hoje vou falar bem da educação superior o mérito é do governo, pelo contrário, o mérito é muito mais dos professores, dos coordenadores de curso, de muitos dos funcionários do MEC que coordenam e gerenciam as grandes curriculares. São esses que muitas vezes sem o apoio e sem o auxílio do governo federal se empenham para manter as Universidades com qualidade, com bons profissionais e funcionando. A Greve dos professores está aí só para reforçar o quanto o governo é extremamente incompetente ao retribuir esses profissionais que em tantas partes do mundo são melhores retribuídos. Mas também não é sobre greve esse texto.
         Quero fazer uma pergunta e ela é muito reflexiva. Você dá valor à educação superior do Brasil? Quer dizer, se te oferecessem duas opções: a) estudar com bolsa auxílio em qualquer faculdade pública brasileira OU b) estudar com bolsa auxílio em qualquer faculdade do exterior , qual opção você escolheria? Não entre no mérito "conhecer o país", pense no benefício para seu currículo. Pois então, eu garanto que muito mais da metade das pessoas que estão lendo esse post responderiam a letra B. Não é fingir que não entendo, não é dizer "sejam nacionalistas" e blá blá blá. Mas a verdade é que essa é uma falácia que a gente compra fácil, achando que só porque é um produto de fora ele é melhor. Na verdade as Universidades Brasileiras são uma das melhores do mundo, talvez não em infraestrutura, mas em grade curricular. Isso mesmo, CONTEÚDO
         Você sabia que a grade curricular de um curso de engenharia no Brasil é muito mais puxado e melhor qualidade do que muitos da Europa? Você sabia que nossos estudantes de medicina são muito mais exigidos que os estudantes de outros países? E você sabia, que por causa dessa nossa mania de desprezar o nacional em favor do internacional, nossos profissionais que são SUPERIORES, ao menos no que diz respeito a conteúdo aprendido, estão perdendo chance dentro do cenário nacional?
         Quer dizer, o cara se mata de estudar aqui, enfrenta diversos desafios como transporte, estágios horrorosos, muitas vezes uma prova dificílima para poder atuar na profissão e aí quando se tornam profissionais aptos para o mercado são desmerecidos. 
( AGORA que citei tudo isso, também preciso reconhecer que os profissionais, os professores de universidades federais são incentivados a estudar e a se aperfeiçoar pelo próprio governo federal. O governo PAGA os estudos, paga o tempo dispensado para essas melhorias. Claro que para chegar num patamar de professor concursado de faculdade pública é difícil, mas ainda assim é algo bacana de acontecer. Num País onde cada vez mais a educação é deixada de lado, essa é uma atitude honrável e admirável. Não é muito e nem mesmo o suficiente, mas é alguma coisa. )
         Se você não começa a acreditar na capacidade do seu país, como espera que outros o faça?
     Tenho muita coisa para falar sobre isso, sobre essa questão de valorizarmos o que vem de fora e desmerecermos tudo que vem do nosso próprio país, mas vou preferir dividir tudo isso. Por hoje, quero deixar a mensagem de que temos perdido tempo olhando para os méritos alheios e deixado de bater palmas para os nossos, para aquilo que é plantado na nossa terra, que tem o suor da nossa gente. Que o que é Brasileiro, tem que ser valorizado primeiro por nós. Mas estamos sempre esperando uma segunda opinião, estamos sempre esperando que o nosso seja inferior. Por enquanto o mais inferior é nosso jeito de pensar.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A necessidade

É ar.
É sonho.
É entrega.

A necessidade é cegueira bruta. É sede intensa. É sonho louco. É desejo inconsequente.
A necessidade é.
Fatal. Mortal.  É Alma.

GRITA BEM ALTO!

      Ser estudante de comunicação. Que responsabilidade recai sobre você naturalmente. Afinal, você é a pessoa responsável por entender o pensamento atual, enveredar pelos vales do pensamento crítico, fazer uma reflexão e se movimentar para mudar o que precisa ser mudado. É tanta coisa que já estamos cansados antes mesmo de começar.
     Sabe o que eu me pergunto? O que eu pensei quando decidi ser um comunicador, um comunicólogo... A resposta? Quando pensei se jornalista, eu queria passar as notícias com veracidade, informando e alertando as pessoas que me lessem. Eu queria não deixar faltar informação e que as pessoas não fossem enganadas. Então desisti porque percebi que eu, eu não queria me sentir obrigada a escrever alguma coisa que prestasse toda semana ou todo dia. Eu queria ter a liberdade de escrever sobre o que me viesse a cabeça, quando me viesse a cabeça, do jeito que me viesse a cabeça. Então, um dia, eu pensei que tudo que eu poderia querer ser, era ser cineasta. Colocar no vídeo minhas idéias, levar as pessoas a reflexão dos mais diversos assuntos por meio dos meus filmes. Dar entretenimento, mas não um burro. Não um "besteirol americano".
     Fiquei tão feliz com essa possibilidade, eu me via tão bem como cineasta. Aí comecei a conviver com uns do tipo...Pessoal meio exagerado, meio comunista, insatisfeito com tudo e com todos, odiando o capital e o capitalismo, odiando o governo, odiando Hollywood, odiando os filmes que não fossem nem franceses e nem preto e branco. Me enchi. Eu odeio poucas coisas, essa vida de ser revolucionário 24h por dia não é para mim não. Então pensei, caramba, eu tenho que ser é publicitário. Mas não um publicitário selvagem que não liga para o que está fazendo e divulgado desde que esteja ganhando muito dinheiro. Um publicitário com tiradas inteligentes, que não negue que o consumo é importante e válido, mas que também não ache que pelo dinheiro vale tudo. Então pensei "eu posso ser essa pessoa que ENTENDE a cabeça dos consumidores". Dá para ser bom para a sociedade com isso.
     Então, no fim, eu estava lá, na faculdade de comunicação. Primeiro semestre foi o mais calmo do mundo. Eu não tinha noção de que em pouco tempo eu já estaria arrancando os cabelos. Ser estudante de comunicação é conviver com os mais variados tipos de pessoas. Até aí tudo bem, é até bom, te dá um leque sobre as pessoas. Ainda mais para mim, atriz. É ótimo para meu laboratório pessoal. Mas, chega um momento, em que você percebe que existem uns tipos exagerados. BEM exagerados mesmo. Porque tudo bem, eu posso ser uma pessoa que queira mudar as coisas que estão erradas. Eu sou até, do tipo que acha que tem muita coisa errada na política, que o salário dos professores é injusto com a categoria, eu acho mesmo que as escolas não tem infraestrutura, que os postos de saúde/hospitais precisam de atenção, eu acho que é um absurdo o Cachoeirinha ser acobertado pela imprensa e todo esse tipo de coisa. SIM! EU ACHO UM ABSURDO.
      Para não dizer que eu sou estúpida, eu até admito que as pessoas tem que pensar sobre isso. Estudantes de comunicação PRECISAM mesmo se perguntar qual o seu papel nisso tudo. AGORA, o que eu não entendo, é como que eu vou ajudar a sociedade se ao invés de estudar e me formar na profissão escolhida para que eu faça a diferença, eu ficar MILITANDO junto com o DCE ou o CA nas causas mais bananadas do mundo. Quer exigir bandejão, opa, tudo bem, sou super a favor. Quer exigir melhoras no alojamento? Beleza. .. Quer exigir "liberação da maconha" ? AH, tá de sacanagem. ISSO é essencial? ISSO É ESSENCIAL, CACETE? Que me desculpem o palavrão, mas é demais. Tudo bem, vamos em frente. Quer exigir "o fim do capitalismo e o apogeu do socialismo marxista"? AQUI, é o primeiro ponto ao qual me pergunto se eu estou na faculdade certa. SOCIALISMO? Meu Deus, eu penso, será que esses meus colegas de profissão, esses jovens que estudaram para entrar numa faculdade federal... Eles esqueceram o que significa de socialismo? Porque o que eles pedem, na verdade, se chama comunismo. E o comunismo... é inviável. Menos que o socialismo, verdade, mas muito inviável. E sinceramente, se Marx estivesse vivo, ele já teria pensado em outra coisa. Ele já teria percebido que o comunismo ou o socialismo, são movimentos de um mundo que já não existe mais.
   Então vem a ideia da greve dos professores. Eu não sou professor, mas eu acho sinceramente que esse movimento é inútil e que só prejudica aos professores e alunos. Existem outras maneiras de se reivindicar alguma coisa. O quê? Não sei, vamos ser criativos. Paralisação do trânsito em frente a faculdade. Fazer reivindicação com cobertura da mídia... Criar um site com alguma coisa. NÃO SEI, inventa. Greve vai incomodar quem e como? Vai incomodar e muito os estudantes que vão se atrasar. Então, meus professores LINDOS, lindos e sensatos resolvem não aderir a greve, porque eles enxergam essas questões todas. E o que acontece? Meus colegas, meus futuros colegas de profissão, fazem uma assembléia e decidem EXIGIR que os professores façam greve. SEGUNDO MOMENTO CRUCIAL em que eu me pergunto se estou na faculdade certa. 
   Porque eu acho que se eu quero mudar alguma coisa, preciso primeiro mudar o voto. E depois preciso rever conceitos. E depois preciso procurar saber o que está acontecendo no meu país, no meu estado, na minha cidade. Preciso parar de reclamar da boca para fora e ler um pouco de lei, conhecer um pouco melhor a constituição, entender porque é constitucional que os deputados aumentem seus salários, ou porque é legal que seja destinado tanto para a educação. É isso que falta ao estudante de comunicação. Não é falar, não é sair da cadeira, não é ter voz. O que falta é saber o que está falando. Um estudante de comunicação que faz que nem papagaio, só repete o que ouve... Esse estudante não apenas está errado, como está envergonhando e corrompendo a idéia de um comunicólogo. Porque o nosso leitor, nosso espectador, nosso consumidor, ele não pode ser aquela pessoa que pega o que a gente diz e repete, sem pensar ou sem ter um pensamento crítico. Não é isso que falamos? Então porque quando o assunto é política, o estudante sai repetindo o que acha estar certo, sem criticar? Sem pensar? E PORQUE RAIOS, só porque eu acho que a greve tem que acontecer, eu tenho que ignorar aqueles que querem estudar?!
        Eu me pergunto se estou na faculdade certa porque não posso admitir que estou equiparada a essas pessoas. Não aceito que os que estudam comigo, aqueles que tem a mesma capacidade que eu para estar onde eu estou, tenham certos tipos de atitudes. Dá vontade mesmo de gritar bem alto.

domingo, 20 de maio de 2012

Jogos Vorazes. Livros intensos.

Terminei de ler a triologia "Jogos Vorazes". Quando fechei o terceiro livro ainda chorei intensamente por mais alguns minutos, nunca um livro me deixou tão triste. Não é uma tristeza ao estilo "Ned Stark morreu" ou "Dobby morreu nos braços do Harry", foi uma tristeza super forte, super louca. Eu estava deprimida. Literalmente. Só consegui pensar 'livros não devem nos fazer sentir assim depois do ponto final'. É como se tirasse nossas esperanças. Não me entenda mal, achei o livro maravilhoso, mas é cruel. Talvez o mais cruel é que a crítica feita sobre os seres humanos e a sociedade em geral é verdadeira. Eu mal tinha terminado de ler, fui ver televisão e estava dando o programa da Eliana, no SBT. Bem na parte daquele "rola ou não rola" e entrou um cara gótico, todo transformado, com os dentes modificados para ficarem igual ao de bichos, sem sobrancelha, com uma parte do cabelo raspado, maquiado, cheio de piercings e eu me vi pensando "MEU DEUS, estamos caminhando para um futuro ao estilo 'Capital' de ser"." Estranho, e por favor, aqui tem spoilers do livro... mas assim, eu torci desde o princípio para o Peeta terminar com a Kat, para ela escolhr ele e tal, porque embora o Gale fosse um lindo, fofo, eu achava que o Peeta era mais, era o tipo que estaria lá para ela sempre que necessário. O Peeta não pensava de maneira racional, ele era o tempo todo emoção, era bonito ver. E depois de um tempo, eu vi que ele era o único que conseguia entender os sentimentos da Kat sobre aquilo que eles viveram na arena, ninguém mais. No final, meu desejo é concebido, mas é de uma maneira tão triste, tão cinzenta, que quase não dá felicidade. É tão triste que estou sensibilizada até agora.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Rifa-se um coração

Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste
em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um
pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste
de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia
estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero...".
Um idealista...Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a
esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando
relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer
sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome
de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional
que abre sorrisos tão largos que quase dá
pra engolir as orelhas, mas que
também arranca lágrimas
e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado
por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para
quem quer viver intensamente
contra indicado para os que apenas pretendem
passar pela vida matando o tempo,
defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente
que se mostra sem armaduras
e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer
para São Pedro na hora da prestação de contas:
"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e,
se recusa a envelhecer"
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por
outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate
tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda
não foi adotado, provavelmente, por se recusar
a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio,
sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento
até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar,
mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence
seu usuário a publicar seus segredos
e a ter a petulância de se aventurar como poeta

(Clarice Lispector)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

opa, vai greve aí?

O Rio de Janeiro está testemunhando uma greve. Polícia e bombeiros unidos exigindo reajuste salarial e a liberdade de um preso. O governo não quer dar o reajuste pedido e a mídia esconde os fantasmas de tudo. O motivo é simples: o governador Sérgio Cabral é esperto e tem influência. O seu pai foi um jornalista dos mais espertos e reconhecidos, nosso governador sabe exatamente como provar e POR ONDE comprar a nossa imprensa.

A greve é um direito constitucional e ainda assim a imprensa bandida tem gerado matérias onde se pode perceber o cunho contrário à polícia e aos bombeiros. O salário das classses beira o ridículo, ainda mais levando em conta o ambiente e a estrutura na qual eles trabalham... A polícia é desrespeitada pela população, tem gente que consegue ter a infelitcidade de dizer que prefere ser abordado por um bandido que por um policial. Não vou dizer que não existe problemas na polícia (e muito menos que é um problema exclusido do Rio de Janeiro ou do Brasil), o que me incomoda é que a população deveria ser a primeira a exigir melhores condições, um melhor salário, um emprego digno... porque assim, com policiais satisfeitos, a tentação de ganhar muito dinheiro se aliando aos bandidos seria melhor avaliada, o policial teria muito mais o que perder; porque assim, com bombeiros satisfeitos, todo o trabalho e o esforço deles será recompensado e eles terão ainda mais dedicação àquilo que fazem.
        Não justifico os erros das classes, mas estou raciocinando e estou levando vocês junto comigo... pensem bem, o policial que ganha bem, que trabalha num ambiente ao menos aceitável, possui benefícios como funcionário público, é respeitado pela sociedade, pelos amigos, pelos familiares, pelos vizinhos... esse policial quando contatato por um bandido para se corromper, ele vai pensar muito mais que duas vezes, não é? Olha só o quanto ele tem a perder!  Mas não, o governador gosta de aumentar o seu próprio salário (podem dizerque não é ele quem o faz, mas sim a assembléia, mas aí eu pergunto quem são aqueles que controlam a assembléia? Quem é o presidente da ALERJ ? Quem são aqueles que fazem parte da comissão responsável? E aí, desses... me digam quantos são os aliados do governo e dos que sobraram quantos são incorruptíveis.), fazer projetos milionários que são "para o bem do Rio de janeiro" com parceiros suspeitos, com documentações suspeitas e superfaturamento... Mas a polícia... coitada, essa que precisa enfrentar bandidos, tiroteios, risco de vida, desrespeito da população entre outras coisas... essa polícia fica com o salário baixo, péssima infra-estrutura em seus ambientes de trabalhos, chefes safados que só querem ganhar dinheiro e que obedecem ordens do governo.... Você aguentaria por quanto tempo?!
       Ainda há o caso dos bombeiros, eles são incansáveis! Verão no Rio de Janeiro bate todas as expectativas! A falta de planejamento urbano e de controle por parte do governo federal e da prefeitura do Rio fazem com que a classe trabalhe de maneira... heróica. Acidentes absurdos, desmoronamentos, alagamentos, desabamentos de prédios, os acidentes rotineiros... E eles SEMPRE estão lá, os bombeiros sempre estão lá seja dia ou noite promovendo buscas, colocando suas vidas em risco, trabalhando para o bem da população! E recebem um salário MEDÍOCRE e ainda são chamados de 'vagabundos' pelo então governador. ONDE JÁ SE VIU? ONDE ISSO É JUSTO?

E aí, quando as duas classes se unem para fazer uma greve onde pretendem chamar a atenção do poder legislativo e administrativo do estado, a população é envenada por uma imprensa suja e podre para ficar contra ? Eu sei que é a própria população quem escolhe os políticos que nos governam, mas eu considero que seja fácil acreditar nas promessas e nas lindas propagandas eleitoral, que seja fácil se enganar por um bandido que tem como melhor qualidade a facilidade em ludibriar... Mas cruzar os braços e ficar contra uma greve que tem TANTA razão no que defende?! Não, eu não entendo. Então, quando eu ouço sobre a greve eu penso "OPA! TEM GREVE E EU ESTOU COM ELES". Porque eles estiveram comigo até aqui e se não estiveram, eu espero que eles estejam num futuro bem próximo.

sobre ontem....

As pessoas gostam de abrir a boca e proteger a maconha. Adoram apontar "argumentos" sobre como seria bom se a maconha fosse legalizada. Ignorância. Mas vou expor o porquê...


Aí não param de falar sobre lugares do mundo onde houve a legalização e a taxa de usuários e a taxa de tráfico etc etc. As pessoas PRECISAM parar de repetir ladainha que não entendem e começar a pensar por si próprias... o Brasil tem um caso MUITO diferente, começando por educação e cultura, depois vamos para cidadania e respeito ao próximo. No Brasil a população em sua maioria não possui educação tanto escolar quanto familiar para entender que não é porque algo é legalizado que vai ser bom para a sua saúde; também não há educação suficiente para entender todos os princípios ativos que estão envolvidos no uso da maconha e de outras drogas ilícitas (mais do que as lícitas); para ser sincera, nem mesmo MUITOS que possuem educação e que tiveram acesso ao ensino seja ele qual for consegue compreender o que está envolvido no uso da maconha.
  A maconha, como está na pesquisa da qual tirei o trecho que coloquei aqui ontem, é derivada de uma planta que tem outras partes suas utilizadas em drogas consideradas por todos MUITO mais pesadas e agressivas ao corpo. Antes de tudo fica a pergunta: como a mesma planta pode ser maléfica em seu uso como skank, por exemplo, e benéfica em seu uso como maconha?! Pois bem, a partir disso podem me citar elementos como a coca que é utilizada na fabricação de refrigerante e também na cocaína.... Então eu tenho a explicação...  A coca-cola e outros refrigerantes não usam mais a cocaína em sua composição e sim noz-de-cola, mas aí tudo bem, porque a coca é mascada pelos andes e era utilizada como medicamento por seu efeito analgésico... AGORA sim vem a melhor explicação: doses e controle. Remédios podem viciar, remédios não são para serem utilizados sem prescrição ou sem acompanhamento de um médio, remédios podem matar e suas doses são estritamente controladas. Não há desculpa para a maconha nesse segmento, que me perdoem aqueles que acreditavam que sim...
         A maconha, assim como outras drogas, agem diretamente no cérebro e o principal instrumento do cérebro são os neurônios. Os neurônios por sinal são considerados a base da estrutura do cérebro e eles não são repostos pelo organismo assim como outros elementos. Eles morrem depois de serem muito utilizados por nosso corpo e depois não são repostos, o espaço que um neurônio morto ocupava vai ficar vazio. Se os neurônios morrem de desgaste, o que acontece quando você utiliza de um instrumento que vai acelerar e desacelerar, ou seja, desequilibrar o funcionamento do neurônio? Bem, você está encurtando a vida do neurônio, o que significa que ele vai morrer mais cedo e portanto seu cérebro vai ficar sem uma parte FUNDAMENTAL dele muito antes do que deveria. Numa vida saudável é capaz da pessoa viver por anos e nunca nem sequer ter problemas no cérebro. Não posso dizer o mesmo dos usuários de drogas, INCLUSIVE de maconha.
      O tráfico não vai ser bloqueado da sociedade, o tráfico não vai desestabilizado. Explico o porquê: existe tráfico de mercadorias, não existe? Existe compra irregular de artefatos, de utilitários etc. Tudo isso pode ser comprado legalmente, tudo isso pode ser comprado por você, cidadão. Ainda assim ainda há a falsificação e roubo de carga e revenda de mercadorias. Sabe o motivo? Quando o comércio taxa um preço para algo, nesse preço está incluso uma porcentagem referente ao imposto por mercadoria, TUDO que é vendido em comércio legalizado possui esse imposto, portanto, é mais caro. Mesmo que seja um real mais caro, é mais caro e um real é o suficiente para que não se compre na loja e sim num mercado negro. Vide a venda de produtos piratas. Qual vai ser a diferença para a maconha? Só porque é maconha? Não mesmo, os traficantes vão continuar vendendo e ganhando dinheiro com isso, pode apostar e o pior, eles vão estar ainda mais diluídos na sociedade agindo como se fossem pessoas de bem, praticamente intocáveis por causa disso.
       Vamos criar a suposição de que você está num restaurante, mesmo com ele dividido em áreas de fumantes e não fumantes, se um cliente acende seu cigarro nesse restaurante(e eles acendem mesmo) por mais que você esteja em outra área, você inala aquela fumaça. Você está na rua, passa uma pessoa fumando e joga a fumaça no seu rosto, sem o mínimo de educação; você está em algum lugar e uma pessoa acende o cigarro, você educadamente pede para a pessoa não fumar ali, o fumante te olha com ódio e dá uma resposta ou na melhor das hipóteses apaga o cigarro, mas não sem antes dar um trago. Você acha que com a maconha vai ser diferente? Ingenuidade. Vai ser pior e o cheiro da maconha é INSUPORTÁVEL.
      Sim, é verdade que álcool e cigarro fazem tão mal quanto outras drogas. É verdade que nem por isso eles foram proibidos de se vender e é verdade que há um interesse comercial por trás de algumas 'facilidades' dadas para as indústrias do tabaco e do álcool, mas também é verdade que é possível se beber sem que aquilo te faça mal porque até certa dose de bebida ainda não há embriaguez e portanto não há modificações no seu corpo; também é verdadeque não existe dose de maconha que não faça mal, qualquer trago já está desestabilizando seus neurônios, seus sentidos; também é verdade que o cigarro é terrível e que há ainda MUITOS fumantes e muitos mortos pelo cigarro; mas também é verdade que esse sintoma do tabaco é um ponto negativo para a legalização da maconha e não positivo; também é verdade que o tabaco seja reconhecidamente uma droga maléfica e ainda assim, mesmo com as propagandas contra o uso do cigarro, todo dia novas pessoas começam o uso do cigarro. As taxas de morte por doenças e acidentes causados por álcool e tabaco só são maiores que as causadas por maconha porque a droga não foi legalizada. Basta ser para dar início aos números absurdos. E basta ser legalizada para criar uma enorme dificuldade para ser proibida.
          É a ignorância e a estupidez que levam uma pessoa à apoiar a causa da legalização e MUITAS das vezes é o uso da maconha que faz isso. Não podemos ignorar a nocividade da maconha, assim como de nada que existe no mundo. Precisamos estar atentos, precisamos estar cientes, sermos inteligentes, sermos observadores. As pessoas vão vir com MIL motivos para a legalização, mas há um contra-argumento. Contra-argumentos MAIS fortes que os argumentos a favor da legalização. Diga não e tenha crítica, escute, mas nem por isso acredite. DUVIDE. Sempre. Maconha é droga e a maconha pode ser pior que o crack porque ela é revestida de pele de carneiro por pessoas sérias, admiradas e reconhecidas, quando na verdade ela é perigosa.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

o que você não entende...

Hoje tirei o dia para colocar uma coisa aqui, amanhã, eu juro, vem a explicação pelo motivo que estou fazendo isso. Aguarde e verão:

"A cânabis produz efeitos psicoativos e fisiológicos quando consumida. A quantidade mínima de THC para poder notar-se um efeito perceptível é de cerca de 10 microgramas por quilo de peso corporal. Para além de uma mudança na percepção subjetiva, as mais comuns de curto prazo são efeitos físicos e neurológicos, que incluem aumento da freqüência cardíaca, diminuição da pressão do sangue, diminuição da coordenação psicomotora, e perda de memória. Efeitos a longo prazo são menos claros.
Alguns estudos associam o uso prolongado da Cannabis com o desenvolvimento de cânceres pois sua fumaça possui de 50% a 70% a mais de hidrocarbonos cancerígenos que o tabaco. Os cânceres mais citados em estudos são os que afetam o respiratório e o sistema reprodutor."

Fonte: Wikipédia , "busca por maconha" .

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A estupidez

Ontem eu estava no metrô e atrás de mim tinha um homem conversando com seu amigo. Ele encheu a boca para dizer que só tem político safado no Brasil, que o país não vai para a frente porque esses políticos não querem nada com nada, que eles não pensam no povo, que eles só querem encher o bolso... em seguida ele falou "eu vou vir para Deputado estadual, conheço um deputado dos mais bem votados e vou pedir para ele me auxiliar. Quero fazer meu pé de meia, quero entrar para roubar mesmo. Se eles podem porque eu não?! Se o Tiririca entrou porque eu não posso entrar? O Romário! Nem sabe escrever ou falar..." e ele continuou o assunto falando essas coisas todas. Uma pena ele em momento nenhum ter dito seu nome, senão eu dividiria aqui porque acho que as pessoas precisam se preparar caso ele venha tentando se eleger. O que me chamou a atenção foi como ele é hipócrita... falou que todos eram canalhas, mas pelo que ele disse, ele também quer ser um, não é? Realmente, amigo, o país não vai para frente quando temos pessoas como VOCÊ pensando dessa maneira. O problema do brasileiro é que ele não tem alguns pensamentos asiáticos que seriam muito bem vindos... e esses pensamentos são os de comunidade, patriotismo, responsabilidade e a idéia de que para o todo dar certo, precisa partir de mim primeiro. Faz um tempo que eu penso em algo: quem veio primeiro? O político corrupto ou o cidadão sem caráter?

Compartilhe!

Powered By Blogger